"EM DEFESA DOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS DA ALESP"

"EM DEFESA DOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS DA ALESP"

sábado, 31 de maio de 2014

PEC 555 RETIRADA DA PAUTA DE VOTAÇÃO

A pressão do Governo fez com que o presidente da Câmara dos Deputados retirasse a PEC 555/2006 da pauta de votação que se iniciaria na segunda-feira, 2/6, conforme informe abaixo. 
 
Desejamos a tod@s um bom fim de semana!
 
 
GASPAR BISSOLOTTI NETO
PRESIDENTE
Celular: 11-97448-2080
 
 
JOÃO ELÍSIO FONSECA
VICE-PRESIDENTE
 
 
VICTÓRIA THEREZA FRUGOLI 
SECRETÁRIA GERAL
 
 

"A Frente Nacional São Paulo e Frente Sudeste informam às entidades que as compõem que a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 555/06 foi retirada da ordem do dia 02/06 (segunda-feira) pelo presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves.

As Frentes pedem aos colegas que intensifiquem ainda mais as mobilizações.

Rubens Nakano
Pela Coordenação da
Frente Nacional São Paulo pela PEC 555"

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Mobilização do Funcionalismo coloca PEC 555 na pauta de votação

por Sylvio Micelli / CNSP
Após o gigantismo do ato público protagonizado por mais de mil pessoas e com a presença de quase trinta deputados federais, em evento promovido nessa quinta (29) no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados em Brasília (DF), o presidente da Casa, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN), pautou a Proposta de Emenda Constitucional nº 555/2006 para votação no chamado "esforço concentrado" marcado para a próxima semana. A matéria está na ordem do dia, para 2 de junho.

Segundo informações de Edison Guilherme Haubert, presidente do Instituto Mosap (Movimento dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas), a matéria está como o item 23 da pauta.

Haubert aproveita para convidar o funcionalismo a mobilizar-se pela aprovação da PEC 555/2006. "Precisamos estar mobilizados intensamente já a partir de segunda-feira na Câmara dos Deputados", afirma.
A PEC 555/2006, se aprovada, isentará os servidores aposentados da contribuição previdenciária de forma gradativa.

A ASPAL CONCLAMA SEUS ASSOCIADOS A ENTRAREM EM CONTATO COM OS DEPUTADOS FEDERAIS POR SÃO PAULO, A FIM DE QUE ELES PRESSIONEM A COLOCAÇÃO DAS PECS 555/2006 E 170/2012  NA ORDEM DO DIA E VOTEM A FAVOR DAS REFERIDAS  PECS.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

PEC 555/2006: Grande ato público com 29 deputados cobra votação

PEC 555/2006: Grande ato público com 29 deputados cobra votação





O auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados, ficou pequeno para o grande número de servidores públicos que compareceram hoje (29) para defender o fim contribuição previdenciária sobre aposentadorias e pensões. O ato público, organizado pela ANFIP e diversas entidades, cobrou a votação imediata da PEC 555/2006.
Havia tantas pessoas em defesa da PEC no auditório que foi preciso ocupar os corredores laterais e central e até a área atrás da mesa dos trabalhos. O número de deputados presentes também mostra o sucesso do ato: em plena manhã de quinta-feira, quando muitos parlamentares já estão deixando Brasília, 29 deputados compareceram para defender a PEC 555.
A presidente da ANFIP, Margarida Lopes de Araújo, se disse emocionada com a grandiosidade do evento. “Não esperávamos que numa quinta-feira pela manhã tantos deputados adiariam suas viagens para estarem aqui conosco.” Ela enfatizou que está na hora de votar a PEC: “Todo trabalho já foi feito, tudo que podíamos fazer em termos de convencimento dos deputados, reuniões em todos os estados do Brasil, culminando com este ato maravilhoso aqui. É hora de votar! Semana que vem estaremos aqui de novo, sim! É na semana que vem que tem de acontecer. O momento é este!”
O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) abriu os pronunciamentos de parlamentares exigindo a votação da PEC: “Parabéns a vocês por lotarem este auditório. Vocês vieram buscar o que é mais justo, a votação da PEC”. João Dado (SDD-SP) lembrou ter 37 anos de serviço público e constatou: “Ao longo desta vida a maior injustiça que eu já presenciei é a cobrança da contribuição previdenciária.”
Amauri Teixeira (PT-BA) acredita que o momento é apropriado para votar a PEC: “Esta luta é a luta mais justa, porque é pelo rompimento da iniqüidade. Vamos aprovar sim, indo a plenário é unânime.” Lincoln Portela (PR-MG) concordou que é hora de votar: “Estamos há 10 anos em guerra civil, porque (a contribuição) é um roubo, é surrupiar do povo brasileiro.”
Já João Campos (PSDB-GO) defendeu a manutenção da pressão para votar a PEC: “É muito importante, para garantir a pauta, dependemos dos líderes, precisamos ter o apoio de todos os líderes e, com essa presença maciça aqui, vamos garantir a aprovação.” Ivan Valente (PSOL-SP) justificou a defesa da 555: “A cobrança dos inativos não é só uma injustiça, é uma ilegalidade e perversidade contra os servidores públicos.”
O deputado Vicente Cândido (PT-SP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), acredita que a 555 será votada e diz que a questão está evoluindo bem na bancada do PT: “Com esta mobilização, com essa pressão, com esse poder de articulação, acho que a vitória está por vir.” Alice Portugal (PCdoB-BA) enfatizou que todo trabalhador têm direito a uma aposentadoria “sem mordidas, sem desfalques”.
Por sua vez, Chico Alencar (PSOL-RJ) demonstrou surpresa com a quantidade de pessoas no auditório: “Estou aqui há quase 12 anos e não me recordo de ver este auditório tão cheio assim. A segurança falou que não cabe mais ninguém. Esta luta não pode ser frustrada.” Policarpo (PT-DF) defendeu o apoio do PT à votação: “Eu sou do PT e o meu voto é favorável para acabar com esta injustiça. Não descansarei enquanto o PT não assinar o requerimento.”
Também exigiram o fim da taxação dos inativos os representantes de todas as entidades presentes no ato, como Mosap, Sindifisco Nacional, Sinait, Unafisco Associação, NCST, CSPB e diversas outras. O NCST e o CSPB distribuíram um manifesto em prol da aprovação da PEC 555. Ao final, todos cantaram em uníssono e com grande entusiasmo a música “Aposentados sim; Inativos nunca!”, de autoria da pedagoga Maria Dalva de Menezes Silva, do Simpere (Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife).
Os deputados que se pronunciaram pela aprovação da PEC 555 foram: Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP); João Dado (SDD-SP); Amauri Teixeira (PT-BA); Lincoln Portela (PR-MG); João Campos (PSDB-GO); Ivan Valente (PSOL-SP); Vicente Cândido (PT-SP); Alice Portugal (PCdoB-BA); Chico Alencar (PSOL-RJ); Policarpo (PT-DF); Akira Otsubo (PMDB-MS); Andréia Zito (PSDB-RJ); Assis Carvalho (PT-PI); César Colnago (PSDB-ES); Chico Lopes (PCdoB-CE); Erika Kokay (PT-DF); Esperidião Amin (PP-SC); Fábio Trad (PMDB-MS); George Hilton (MG); Glauber Braga (PSB-RJ); Jair Bolsonaro (PP-RJ); Janete Pietá (PT-SP); Jô Moraes (PCdoB-MG); Otoniel Lima (PRB-SP); Rubens Bueno (PPS-PR); Taumaturgo Lima (PT-AC); Valdivino de Oliveira (PSDB-GO); Vitor Paulo (PRB-RJ), e Weliton Prado (PT-MG).

http://www.anfip.org.br/informacoes/noticias/PEC-5552006-Grande-ato-publico-com-29-deputados-cobra-votacao_29-05-2014

A ASPAL ESTEVE REPRESENTADA NESSE ATO PELA PEC 555 POR SEU VICE PRESIDENTE, JOÃO ELÍSIO FONSECA, E POR SUA SECRETÁRIA GERAL, VICTORIA FRUGOLI, QUE VIAJARAM JUNTAMENTE COM A SECRETÁRIA GERAL DA AFALESP, RITA FERRARO.

ASSINATURA DO TERMO DE ACORDO DA CAMPANHA SALARIAL É MATÉRIA NO DIÁRIO OFICIAL


terça-feira, 27 de maio de 2014

PRESIDENTE DA FENALE RECEBE TÍTULO DE CIDADÃO SUL-MATOGROSSENSE


Prezadas (os) Dirigentes, Entidades filiadas

Com satisfação informamos que o nosso presidente JOÃO MOREIRA, receberá no próximo dia 28 de maio, no Plenário da Assembleia Legislativa, o honroso título de CIDADÃO SUL-MATOGROSSENSE,  aprovado por unanimidade dos parlamentares, proposto pelo Deputado Jerson Domingos, atual presidente daquela Casa de Leis.
João Moreira é natural de Andradina, estado de São Paulo, tendo se radicado em Campo Grande/MS há 34 anos, onde constituiu família. É casado com  Tânia Maria Nóbrega Mendes Moreira e é pai de três filhos.

É dirigente sindical e foi o primeiro presidente do SISALMS/MS, eleito em 1989. Já exerceu a presidência do sindicato por seis mandatos. Foi vice-presidente da Federação dos Servidores do estado de MS; diretor da CSPB. ocupou cargos de confiança na ALE/MS, participando de diversas comissões de trabalho, sempre em defesa dos interesses dos servidores. 

Foi presidente da FENALE de 2006 a 2009 é é o atual presidente, eleito para cumprir mandato de 2012 a 2015. 

Cordialmente

-- 


JOSÉ EDUARDO RANGEL
Secretário Geral
Celular: 21-7825-8807

LUIZ CARLOS PADILHA
Diretor de Imprensa, Divulgação e Comunicação
48-9980-1141


A DIRETORIA DA ASPAL PARABENIZA O PRESIDENTE DA FENALE, JOÃO MOREIRA, POR ESSA JUSTA E MERECIDA HOMENAGEM E REAFIRMA SEU VOTO DE CONFIANÇA EM SEU TRABALHO FRENTE À DIRETORIA DA NOSSA FEDERAÇÃO NA LUTA EM DEFESA DOS DIREITOS DA NOSSA SOFRIDA CATEGORIA.

Duas audiências públicas serão realizadas em Brasília nos próximos dias para discutir a PEC 555

 A Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) convocou a audiência pública para debater a Proposta de Emenda à Constituição nº 555, de 2006 (PEC 555/2006). Enquanto essa audiência trata do assunto a nível nacional, outra audiência pública tratará do assunto a nível distrital. O Sindireceita reafirma que é essencial que a categoria, ativos e aposentados, estejam presentes para reivindicarem os direitos.
As duas audiências tratam da PEC 555/2006, que revoga a cobrança de contribuição previdenciária sobre os proventos dos servidores públicos aposentados. Caso aprovada, os aposentados que se enquadrarem nas exigências irão ter disponíveis a parcela que antes era descontada do salário.
A audiência pública convocada para mobilização dos distritais se dá no dia 29, próxima quinta-feira, e contará com a presença de ao menos seis representantes sindicais a serem indicados pelo Instituto Movimento dos Servidores Aposentados e Pensionistas (Mosap).
A audiência nacional, convocada pelos deputados federais Amauri Teixeira (PT/BA) e João Ananias (PcdoB/CE), acontecerá no dia 5 de junho. A mesa será composta pela presidenta do Sindireceita, Sílvia de Alencar, a presidente do Conselho Executivo da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), Margarida Araújo, o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central, Daro Piffer, o presidente do Mosap, Edison Haubert e representantes dos ministérios da Previdência Social do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Cronograma
 Audiência Pública distritalData: 29 de maio
Local: Auditório Nereu Ramos, Câmara dos Deputados, Brasília/DF
Horário: 9h

Audiência Pública federalData: 5 de junho
Local: a definir
Horário: 9h30

Ato Público dos Servidores mobilizou lideranças no CPP



A Confederação Nacional dos Servidores Públicos (CNSP), promoveu, na manhã desta segunda-feira (26), Ato Público, no Centro do Professorado Paulista, para expôr os dados reais da Seguridade Social, imprescindíveis à compreensão  sobre o superavit da Previdência Social. Na pauta, foram defendidas as Propostas de Emendas Constitucionais 55/2006; 219/2012 e 170/2012.
Um dos pontos mais marcantes do evento foi o debate a respeito da urgência da votação da PEC 555, que dispõe acerca da extinção da contribuição previdenciária dos aposentados e pensionistas do setor público.“Espero que os deputados federais revertam a situação” , declarou  o presidente da  CNSP, Antonio Tuccilio.
A PEC 219 permite a acumulação de um cargo público de professor com outro cargo administrativo. E a PEC 170 propõe aposentadoria integral por invalidez continua.
“ A campanha pela votação das três Propostas de Emendas Constitucionais é pertinente ao associado do Centro do Professorado Paulista. Fazemos parte destas reivindicações. Precisamos sensibilizar os deputados federais que votem o quanto antes” afirmou o presidente da entidade, professor José Maria Cancelliero.
  Estiveram presentes, deputados federais, estaduais, vereadores e lideranças sindicais.
Ao término do Ato Público, que o correu na sede central do Centro do Professorado Paulista, os participantes saíram em passeata pela avenida da Liberdade.
Secom/CPP
A Confederação Nacional dos Servidores Públicos (CNSP), promoveu, na manhã desta segunda-feira (26), Ato Público, no Centro do Professorado Paulista, para expôr os dados reais da Seguridade Social, imprescindíveis à compreensão  sobre o superavit da Previdência Social. Na pauta, foram defendidas as Propostas de Emendas Constitucionais 55/2006; 219/2012 e 170/2012.

Um dos pontos mais marcantes do evento foi o debate a respeito da urgência da votação da PEC 555, que dispõe acerca da extinção da contribuição previdenciária dos aposentados e pensionistas do setor público.“Espero que os deputados federais revertam a situação” , declarou  o presidente da  CNSP, Antonio Tuccilio.
A PEC 219 permite a acumulação de um cargo público de professor com outro cargo administrativo. E a PEC 170 propõe aposentadoria integral por invalidez continua.

“ A campanha pela votação das três Propostas de Emendas Constitucionais é pertinente ao associado do Centro do Professorado Paulista. Fazemos parte destas reivindicações. Precisamos sensibilizar os deputados federais que votem o quanto antes” afirmou o presidente da entidade, professor José Maria Cancelliero.

  Estiveram presentes, deputados federais, estaduais, vereadores e lideranças sindicais.
Ao término do Ato Público, que o correu na sede central do Centro do Professorado Paulista, os participantes saíram em passeata pela avenida da Liberdade.

Secom/CPP

http://www.cnsp.org.br/website/Noticia.aspx?c=4385#.U4R2Q9jWhQU.facebook

sexta-feira, 23 de maio de 2014

PEC 555/2006: AUDIÊNCIA PÚBLICA NA ALERJ


MOVIMENTO NACIONAL DOS SERVIDORES PÚBLICOS PELAS PECs 555/2006 E 170/2012

E-MAIL ENCAMINHADO PELA DIRETORIA DA ASPAL AOS QUASE 300 ASSOCIADOS QUE JÁ ESTÃO CADASTRADOS EM SEU MAILLING. SE VOCÊ FOR ASSOCIADO E AINDA NÃO RECEBE E-MAILS DA ASPAL, FAVOR SE CADASTRAR EM aspalsp@gmail.com

Pessoal:
Na próxima segunda-feira, dia 26/5, a partir das 9 horas, realizaremos uma grande mobilização na sede do Centro do Professorado Paulista (CPP), na rua da Liberdade, 928 (Estação São Joaquim do Metrô), coordenado pela Confederação Nacional dos Servidores Públicos (CNSP), presidida pelo colega Antonio Tuccilio, em defesa de diversos projetos de interesse da categoria, principalmente as PEC 555/2006 (fim gradativo da contribuição previdenciária dos servidores aposentados e pensionistas) e PEC 170/2012 (salário integral aos servidores aposentados por invalidez).

Precisamos da presença do maior número possível de servidores neste Ato, para mostrarmos aos governantes e à sociedade em geral a nossa INDIGNAÇÃO com o desrespeito aos nosso direitos e às nossas justas reivindicações!!!

Para se ter uma ideia da importância dessas mobilizações pela aprovação das PECs, já foram realizadas Audiências Públicas pela PEC 555/2006 em diversos Estados e no próximo dia 29 haverá uma nova concentração de servidores em Brasília, na qual a ASPAL também estará presente, tendo inclusive participado de todas as que foram realizadas até agora na ALESP (uma em 2010 e outra dia 13/5) e no Congresso Nacional, juntamente com as demais entidades filiadas à FENALE e à CONFELEGIS.

LEMBRETE: o recadastramento dos aposentados da ALESP se encerra na próxima sexta-feira, 30 de maio, e é obrigatório para garantir o recebimento dos salários; de 26 a 30 de maio haverá campanha de vacinação contra a gripe na ALESP, compareça portando sua carteira de vacinação, sendo que haverá atendimento prioritário aos idosos.

Desejamos a tod@s um excelente fim de semana e até segunda-feira se Deus quiser!

A PEC 555/2006 e a hora da verdade do Congresso Nacional




por Sylvio Micelli (*)

Desde os anos 90, o funcionalismo público brasileiro tem sido vitimado por diversas perseguições. Tudo começou antes da eleição de Fernando Collor de Mello, em 1989, que ao longo de sua campanha usou do mote "caçador de marajás". Collor foi eleito. Sua gestão deu em impeachment. Mas nem por isso, os servidores deixaram de ser perseguidos.

No campo previdenciário, a primeira medida contra o funcionalismo ocorreu em 1998, com a promulgação da Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro daquele ano. No final do primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso, o Congresso Nacional alterou as regras de aposentadoria. Mexeu nas condições para a aposentação e extinguiu a possibilidade de aposentadoria proporcional por tempo de serviço.

FHC ainda chamou de "vagabundos", os servidores que se aposentavam "cedo", ainda que tenham cumprindo as regras do jogo.

O pior, porém, ainda estava por vir.

Se a perda que o funcionalismo teve na reforma de FHC foi minimizada pela ação da oposição à época, principalmente por deputados federais do PT, quando Lula chegou ao poder em 2003, a situação se inverteu. Ou seja, os mesmos parlamentares que eram aliados do funcionalismo, posicionaram-se contra nós.

Uma simples e rápida olhada nas importantes publicações do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), em 1998 e em 2003, demostram uma “mudança de lado” repentina, daqueles que nos defenderam na gestão anterior.

Em tempo recorde, o Congresso Nacional aprovou a Emenda Constitucional nº 41, de 31 de dezembro de 2013, que trouxe profundas mudanças na previdência do funcionalismo. Criaram-se regras de transição absurdas, aumentou-se o tempo de contribuição e o tempo de idade para que a aposentação fosse possível e, principalmente, sobretaxou a previdência criando uma contribuição de 11% sobre o total dos vencimentos de servidores aposentados.

À época todos ficamos assustados, pasmos até, com uma votação tão meteórica, cuja explicação só viria anos depois. Há relação direta entre a aprovação da matéria e o chamado "Escândalo do Mensalão", que foi transformado naAção Penal nº 470 no Supremo Tribunal Federal (STF). A ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha declarou textualmente, em seu voto, a existência de um esquema criminoso de obtenção de apoio político no Congresso e afirma que a prática espúria teria diretamente influenciado o resultado da votação da EC 41. Isso gerou a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 4889, ajuizada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), cujo argumento é revogar a EC 41 devido ao “Escândalo do Mensalão”.

Voltando ao cerne da discussão, temos a grande questão a ser respondida: por que os aposentados que cumpriram as regras do jogo, ainda que tenham sido modificadas com o jogo em andamento devem ser sobretaxados? Eles vão contribuir para uma nova aposentadoria? Para o além? Hoje, a contribuição previdenciária atinge 400 mil aposentados e pensionistas em todo o País.

Sempre lembro de uma metáfora utilizada pelo colega Luiz Fuchs, atual 1º vice-presidente da Delegacia Sindical de São Paulo do Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil), numa das diversas discussões sobre o tema. "Taxar aposentado é a mesma coisa que cobrar aluguel da sua casa própria. É uma bitributação".


O surgimento da PEC 555/2006

Em 22 de junho de 2006, há quase oito anos, portanto, o então deputado federal Carlos Domingos Mota Coelho(PSB/MG) apresentou à Câmara dos Deputados a Proposta de Emenda Constitucional nº 555/2006 que, de forma simples e direta, pleiteia a revogação do Artigo 4º da EC 41, justamente o que trata da contribuição dos servidores aposentados e pensionistas.

Em sua justificativa, Carlos Mota não poupou críticas ao então governo de 2006, que ainda era exercido pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva, em seu primeiro mandato. "Uma das mais cruéis medidas tomadas contra os servidores públicos aposentados residiu, sem dúvida, na instituição de cobrança previdenciária sobre seus proventos. Tentada inúmeras vezes durante o governo anterior ao atual, a iniciativa só prosperou, por ironia, em gestão capitaneada pelo partido político que sempre foi seu maior adversário. (...) Ante tal constatação, é inevitável que o Parlamento, do qual se deve esperar a dinâmica própria das democracias, recupere com a maior abrangência possível os danos e sofrimentos afinal inúteis que causou".

Em 14 de julho de 2010, a Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 555/2006, aprovou o relatório do deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP). Trata-se de um substitutivo que, se aprovado, extinguirá a contribuição ao longo de cinco anos em percentuais crescentes. Aos 61 anos, o servidor teria reduzido em 20%, a contribuição imposta pela EC 41; aos 62 anos, este percentual seria de 40% e assim, sucessivamente, até que aos 65 anos, o aposentado deixasse de contribuir em definitivo com esta "excrescência", como relatou-me recentemente o companheiro de lutas e amigo pessoal João Elísio Fonseca, 1º vice-presidente da Aspal (Associação dos Servidores Aposentados e Pensionistas da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo).

Entretanto, mesmo tramitando sob Regime Especial, por falta de interesse da Câmara dos Deputados, a matéria tem patinado nos escaninhos do legislativo nacional e só não foi esquecida, graças à mobilização de entidades representativas de servidores de todo o país.


O trabalho das representações do funcionalismo

A mobilização tem sido intensa desde 2011 com o envolvimento dos grandes sindicatos e associações de servidores federais. A esta luta juntaram-se os servidores estaduais e municipais, bem como tem sido de grande valia a participação da Confederação Nacional dos Servidores Públicos (CNSP) e de suas entidades filiadas. Há que se destacar, também, o trabalho desenvolvido pelo Instituto Mosap (Movimento dos Servidores Aposentados e Pensionistas), cuja pressão junto aos parlamentares é permanente em Brasília.

O estado de São Paulo também deu o exemplo ao criar, no início de 2012, a Frente São Paulo em Defesa da Previdência Social Pública - PEC 555/2006, grupo intersindical e interassociativo que uniu representações dos três poderes e das três esferas de governo.

A cada nova ida a Brasília, foram sendo acumulados pedidos e mais pedidos de deputados de todo o país e de todos os partidos, para que se colocasse a PEC em votação. O grande óbice é o desinteresse do governo que considera o pleito justo do funcionalismo, como uma "pauta-bomba". Recentemente, o líder do PT na Câmara dos Deputados, o deputado Vicentinho (PT/SP) chegou a cancelar sua assinatura num documento assinado pelos demais líderes partidários daquela Casa Legislativa que exigem do presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN), que a matéria, enfim, seja submetida ao sufrágio dos parlamentares.

Segundo o deputado que retirou sua assinatura, o pedido foi feito pela presidência da República, tendo em vista que financeiramente, a aprovação da PEC seria um valor "muito alto" em desoneração, que o Tesouro não poderia arcar.

A matéria está pronta para a "ordem do dia" desde setembro de 2012, ou seja, pronta para ser votada e já tem mais de 500 pedidos parlamentares para que seja colocada em votação.


A falácia do déficit previdenciário

Desde que a matéria começou a tramitar no Congresso Nacional e à medida que a ideia foi maturando, o argumento do governo, como sói acontecer e sempre de forma falaciosa, aponta a existência de um déficit que, efetiva e atuarialmente, não condiz com a realidade dos fatos. 

Cálculos recentes da Anfip (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil) demonstra que, apenas em 2013, o superávit previdenciário chegou a mais de 70 bilhões de reais. O valor total da contribuição dos servidores aposentados e pensionistas, mal chega a 2,5 bilhões.

Há, ainda, um dado mais revoltante. O volume de renúncia fiscal que o Governo Federal fez em 2013 chegou a 28 bilhões de reais, ou seja, mais de dez vezes que o valor total de pagamento feito pelos servidores aposentados. Isto significa dizer que o Governo desonera diversos setores da sociedade, atendendo-se, na imensa maioria das vezes, a interesses políticos e/ou econômicos, e mantém a cobrança do funcionalismo aposentado que já contribuiu com a previdência nacional ao longo de 30, 40, às vezes 50 anos.


A panela de pressão das audiências públicas

Desde o final do ano passado e intensificando-se neste ano de 2014, entidades do país inteiro tem envidado todos os esforços no sentido de que a matéria seja, enfim, aprovada ainda na atual legislatura, mesmo com as dificuldades inerentes de um ano atípico como este, com a disputa da Copa do Mundo no país a partir de junho e todo o processo eleitoral que se iniciará em julho.

Diversas audiências públicas tem sido realizadas para discutir a PEC 555/2006 no estado de origem dos deputados, com a finalidade clara de trazer a pressão política para a "casa" dos parlamentares em pleno ano eleitoral.

Já foram realizados encontros no Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco, Minas Gerais e Rio Grande do Sul e estão agendados encontros para São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro, além do próprio Distrito Federal. A Confederação Nacional dos Servidores Públicos (CNSP) também realizará um movimento nacional com apitaço em São Paulo até o final do mês (veja a agenda abaixo).

Tudo está sendo feito, efetivamente, para que sirva como instrumento de pressão e para que o tema seja posto em votação no Congresso Nacional.

Importante destacar que as entidades vão divulgar, no período eleitoral, quais foram os parlamentares que estão com os servidores e quais estão contra. O voto é a nossa única arma e a resposta nas urnas, certamente virá.

Sendo assim, conclamo aos colegas do funcionalismo que participem, divulguem e amplifiquem nosso trabalho pelas redes sociais e aguarda-se do Congresso Nacional, um mínimo de compaixão com aqueles que já muito contribuíram com a Pátria e que não merecem ser taxados mais uma vez.

(*) O autor é diretor de Imprensa da Confederação Nacional dos Servidores Públicos (CNSP), Federação das Entidades de Servidores Públicos do Estado de São Paulo (Fespesp) e da Associação dos Servidores do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (Assetj), da qual também é vice-presidente.

Agende-se

·       
·        Movimento Nacional dos Servidores Públicos
Local: Centro do Professorado Paulista - Avenida da Liberdade, 928, São Paulo
Data: 26 de maio de 2014
Horário: 9 horas
Iniciativa: Confederação Nacional dos Servidores Públicos (CNSP) e suas entidades associadas

·        Audiência Nacional em Defesa da Aprovação da PEC 555/2006
Local: Auditório Nelson Carneiro - Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (prédio anexo)
Data: 26 de maio de 2014
Horário: 13:30 horas
Iniciativa: Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro

Grande Ato em Defesa da Aprovação da PEC 555/2006
Local: Auditório Nereu Ramos - Câmara dos Deputados - Brasília/DF
Data: 29 de maio de 2014
Horário: 9 horas
Iniciativa: Instituto Mosap, Frente Nacional pela PEC 555/2006 e suas entidades associadas